terça-feira, 2 de outubro de 2012

Andressa

Imersos em nossos infinitos
Nesta pangeia, num plural
Arquitetamos nossos desejos
Desenhamos os objetos que decoram
Fazemos a sala, a rua, a visão
A janela aberta, a porta fechada
Cortinas, praças, discos na parede
Violão a mão, Swift ou Radiohead
Mudamos móveis, um designer
Construtor, a gênese de nosso mundo
Quando aparece um hóspede,
O aposento está ali
Faça o check in, pose aqui
Durma, me conheça.

Gozo

num mile de segundo
perpetua tua espécie, oh homem
lança vida e desgosto
resumindo todo o assédio
a noite, a vontade se desvaneiam
se formam circos
tão rápido, disparato, tua apresentação
que se pergunta, o preço do ingresso,
valeu pra tal intento?

Medo

Quão vulgares palavras
Essas não ditas,
frutificadas nos pensamentos
dos homens
Sobre tecidos arramados pelos desejos
Vontades lascivas
de intuitos prazerosos
Repercutem no corpo
Sismas de sentir