sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

oDe A bElEzA

Indo a favor da correnteza,
idolatra-se valentemente o belo.
Com punhos de delicadeza,
faz-se a feiúra em farelo.

Deus, graças dá-se ao consumo
e aos padrões imaculados,
pelos esfiapados cabelos sem rumo
e pelos dentes amarelados.

Mulher enfeitiça na foto.
O corpo sem curva.
A grande mono sobrancelha.
O cheiro de suor .

Ao tom do embutido por televisores,
constrói-se o narcisismo.
Pela pele estriada dos seres,
edifica-se o capitalismo.

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