sexta-feira, 4 de setembro de 2009

CATARSE

Pulsos mórbidos que não mais vibram

Olhos calentavam por uma nova razão,

viram a ferida da dor parasitar toda a alma

viram o corte profundo traçado no peito,

e a morte, que não desejava, foi a única solução.

..

Nos bailes da vida dançava sozinho.

Disse que era tudo leve e havia de passar,

mas somos nós seres que sofremos, não você.

Com nossa angústia num mercadológico processo.

Quem vai ganhar o concurso?

A mais bela e mais inteligente.

Vou embora sem o prêmio, sempre.

Joguei na mesa o dado da pressão dos 3:

carreira, dinheiro e beleza.

VocÊ veio e perguntou quem é vocÊ?

Tenho que responder sou um garoto de tal profissão.

Ansiava responder que sou e que gosto.

Não se meu cabelo é bonito.

É meu coração que bate por um país melhor.

Um educação priveligiada e uma retomada da arte.

Por isso hoje morro, por que vocÊs esqueceram quem sou.

Mas se lembram o que tenho. E não tenho vocÊ.

Os jovens apodecrem nessa luta capitalista, faça Medicina, compre Osmoze, seja chique.

Seja vocÊ, seja eu. Vamos comprar a poção pra nos fazer crescer internamente, vamos amar.

Não importa o meu carro. Importa-se com que digo? No que vivo?

Por isso usei a fina, a fina faca.

Um comentário:

  1. Que possamos voar diante dos abismos, que possamos amar diante da indiferença, com a força dos inquietos e com a mansidão da luz!

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